tag:blogger.com,1999:blog-91173254782584490142024-03-13T09:13:36.429+00:00UMA COISA EM FORMA DE ASSIM.Poesia Audiovisual.Camillehttp://www.blogger.com/profile/17535203288847957999noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-9117325478258449014.post-91527610640353248672012-01-09T12:17:00.001+00:002012-01-09T12:26:47.091+00:00PROJECTO 28. "Poema Podendo Servir de Posfácio" - Mário Cesariny, por Rui Reininho @ Porto<iframe src="http://player.vimeo.com/video/12230542?byline=0&portrait=0" width="500" height="375" frameborder="0" webkitallowfullscreen="" mozallowfullscreen="" allowfullscreen=""></iframe>
<b>PROJECTO 27. </b>Para este projecto contámos com uma participação especial de Rui Reininho que declamou Mário Cesariny pelas ruas do Porto.<div>
</div><div>
</div><div>
</div><div>
</div><div>
</div><div>
<div>
<div><b>FICHA TÉCNICA:</b></div><div><b>Realização e Edição:</b> Ricardo Espírito Santo</div><div><b>Sonoplastia :</b> Sónia Pinho</div><div><b>Selecção de Textos e Produção</b>: Liliana Coimbra</div><div>
</div><div>
</div><p>
<b><i>Poema podendo servir de pósfácio</i></b></p><p><i>ruas onde o perigo é evidente</i></p><p><i>braços verdes de práticas ocultas</i></p><p><i>cadáveres à tona da água</i></p><p><i>girassóis</i></p><p><i>e um corpo</i></p><p><i>um corpo para cortar as lâmpadas do dia</i></p><p><i>um corpo para descer uma paisagem de aves</i></p><p><i>para ir de manhã cedo e voltar muito tarde</i></p><p><i>rodeado de anões e de campos de lilases</i></p><p><i>um corpo para cobrir a tua ausência</i></p><p><i>como uma colcha</i></p><p><i>um talher</i></p><p><i>um perfume</i></p><p>
</p><p>
<b>mário cesariny</b></p><p><b>manual de prestidigitação</b></p><p><b>assírio & alvim</b></p><p><b>1981</b>
</p></div></div>Camillehttp://www.blogger.com/profile/17535203288847957999noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9117325478258449014.post-42406217979590349972012-01-09T11:55:00.000+00:002012-01-09T21:37:37.110+00:00PROJECTO 27. Violet's Poem - de Walt Withman, lido por Violeta Costa VIA PÁGINA DE SUBMISSÕES<iframe src="http://player.vimeo.com/video/19185374?byline=0&portrait=0" width="500" height="375" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe>Camillehttp://www.blogger.com/profile/17535203288847957999noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9117325478258449014.post-19708298519219964002012-01-09T11:54:00.000+00:002012-01-09T21:37:03.416+00:00PROJECTO 26. Spring Poetry - MAKING-OF<iframe src="http://player.vimeo.com/video/12432555?title=0&byline=0&portrait=0" width="500" height="331" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe>Camillehttp://www.blogger.com/profile/17535203288847957999noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9117325478258449014.post-59398800351143562692012-01-09T11:45:00.000+00:002012-01-09T21:36:48.813+00:00PROJECTO 26. Spring Poetry, de Al Berto, c/ alunos Creche Mil Pézinhos @ Odivelas<iframe src="http://player.vimeo.com/video/12432555?byline=0&portrait=0" width="500" height="331" frameborder="0" webkitallowfullscreen="" mozallowfullscreen="" allowfullscreen=""></iframe>
<b>PROJECTO 26.</b><div>Para este projecto fomos até à creche Mil Pezinhos em Odivelas mostrar como a pequenada também gosta de Al Berto. Vejam como correu bem. Brevemente lançaremos o making-of.</div><div><b>REALIZAÇÃO E EDIÇÃO: </b>Nuno Lopes</div><div><b>SONOPLASTIA: </b>Sónia Pinho</div><div><b>SELECÇÃO DE TEXTOS:</b> Liliana Coimbra</div><div>Copyright.2012</div><div><i>
</i></div><div><i>A sense of warmth is tapping at the door;</i></div><div><i>And hope, a feeling out from distant lore</i></div><div><i>– Or so it seems – clears the deep refrain!</i></div><div><i>
</i></div><div><i>Emerging youth: a dormant lea awakes.</i></div><div><i>The raging colour, singing loud, partakes</i></div><div><i>In annual birth – spring is born again!</i></div><div><i>
</i></div><div><i>A zest anew for nascent life</i></div><div><i>Begins in floral train:</i></div><div><i>Carriage one: a snowdropp thrill;</i></div><div><i>Carriage two: the crocus;</i></div><div><i>Number three, a daffodil – dancing,</i></div><div><i>Drawing focus – as she would,</i></div><div><i>Attention seeker!</i></div><div><i>
</i></div><div><i>How I love our spring:</i></div><div><i>The bold and sleeker feel I get,</i></div><div><i>An inner glow, a ring!</i></div><div><i>I’ve paid the winter’s chilly debt, so</i></div><div><i>Now upon the wing!</i></div>Camillehttp://www.blogger.com/profile/17535203288847957999noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9117325478258449014.post-20966630707968943272012-01-09T02:31:00.000+00:002012-01-09T21:31:36.842+00:00PROJECTO 25. Poesia - Lucia Abello @ Lar de 3ª Idade de Forte da Casa<iframe src="http://player.vimeo.com/video/19168012?byline=0&portrait=0" width="500" height="281" frameborder="0" webkitallowfullscreen="" mozallowfullscreen="" allowfullscreen=""></iframe>Camillehttp://www.blogger.com/profile/17535203288847957999noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9117325478258449014.post-78060728533018936812012-01-09T01:40:00.000+00:002012-01-09T03:03:43.510+00:00PROJECTO 24. Ocupa Rio - Manoel de Barros @ Calçadão, Rio de Janeiro<iframe src="http://player.vimeo.com/video/30982415?byline=0&portrait=0" width="500" height="281" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe>Camillehttp://www.blogger.com/profile/17535203288847957999noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9117325478258449014.post-73143886140988500812012-01-08T22:35:00.000+00:002012-01-09T02:35:34.149+00:00PROJECTO 23. O Tejo - Alberto Caeiro @ Cais do Gás (Lisboa)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="225" mozallowfullscreen="" src="http://player.vimeo.com/video/5823275?title=0&byline=0&portrait=0" webkitallowfullscreen="" width="400"></iframe><br />
<span style="font-size: large;"><b>PROJECTO 23 </b></span><b>O Tejo , de Alberto Caeiro</b><br />
<b>Ciclovia do Tejo (Cais do Sodré - Belem)</b><br />
<b>Passeio de bicicleta na margem norte do Tejo ao som de "Cais" do projecto "Os Poetas" de Rodrigo Leão e Gabriel Gomes.</b><br />
<b>Filmado por Nuno Trindade Lopes.</b><br />
<b>Editado por Abilio Vieira.</b><br />
<br />
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,<br />
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia<br />
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.<br />
<br />
O Tejo tem grandes navios<br />
E navega nele ainda,<br />
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,<br />
A memória das naus.<br />
O Tejo desce de Espanha<br />
E o Tejo entra no mar em Portugal.<br />
Toda a gente sabe isso.<br />
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia<br />
E para onde ele vai<br />
E donde ele vem.<br />
E por isso porque pertence a menos gente,<br />
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.<br />
<br />
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.<br />
Para além do Tejo há a América<br />
E a fortuna daqueles que a encontram.<br />
Ninguém nunca pensou no que há para além<br />
Do rio da minha aldeia.<br />
<br />
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.<br />
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.<br />
<br />
Alberto CaeiroCamillehttp://www.blogger.com/profile/17535203288847957999noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9117325478258449014.post-13087226771651953612012-01-08T19:11:00.000+00:002012-01-09T21:30:20.920+00:00PROJECTO 22. Consideração do Poema - Carlos Drummond de Andrade @ Café Central, Trancoso<iframe src="http://player.vimeo.com/video/31252975?byline=0&portrait=0" width="500" height="281" frameborder="0" webkitallowfullscreen="" mozallowfullscreen="" allowfullscreen=""></iframe><div>
</div><div><b>PROJECTO 22: </b>Para este projecto fomos até ao Café Central em Trancoso onde 3 simpáticos senhores disseram alguns versos de Carlos Drummon de Andrade. No final ainda tivémos direito a petiscos gratuitos.</div><div>
</div><div><b>Realização e Edição:</b> Nuno Lopes</div><div><b>Sonoplastia: </b>Nuno Lopes</div><div><b>Selecção de Textos e Produção: </b>Liliana Coimbra</div><div>
</div><div><ul style="font-family: 'Times New Roman'; text-align: -webkit-auto; background-color: rgb(255, 255, 255); font-size: medium; "><i>
</i></ul><blockquote style="font-family: 'Times New Roman'; text-align: -webkit-auto; background-color: rgb(255, 255, 255); font-size: medium; "><p><span><i>Uma pedra no meio do caminho
ou apenas um rastro, não importa.
Estes poetas são meus. De todo o orgulho,
de toda a precisão se incorporam
ao fatal meu lado esquerdo. Furto a Vinicius
sua mais límpida elegia. Bebo em Murilo.
Que Neruda me dê sua gravata
chamejante. Me perco em Apollinaire. Adeus, Maiakovski.
São todos meus irmãos, não são jornais
nem deslizar de lancha entre camélias:
é toda a minha vida que joguei.</i></span></p><p><span><i>Estes poemas são meus. É minha terra
e é ainda mais do que ela. É qualquer homem
ao meio-dia em qualquer praça. É a lanterna
em qualquer estalagem, se ainda as há.
– Há mortos? há mercados? há doenças?
É tudo meu. Ser explosivo, sem fronteiras,
por que falsa mesquinhez me rasgaria?
Que se depositem os beijos na face branca, nas principiantes rugas.
O beijo ainda é um sinal, perdido embora,
da ausência de comércio,
boiando em tempos sujos.</i></span></p><p><span><i>Poeta do finito e da matéria,
cantor sem piedade, sim, sem frágeis lágrimas,
boca tão seca, mas ardor tão casto.
Dar tudo pela presença dos longínquos,
sentir que há ecos, poucos, mas cristal,
não rocha apenas, peixes circulando
sob o navio que leva esta mensagem,
e aves de bico longo conferindo
sua derrota, e dois ou três faróis,
últimos! esperança do mar negro.
Essa viagem é mortal, e começa-la.
Saber que há tudo. E mover-se em meio
a milhões e milhões de formas raras,
secretas, duras. Eis aí meu canto.</i></span></p><p><span><i>Ele é tão baixo que sequer o escuta
ouvido rente ao chão. Mas é tão alto
que as pedras o absorvem. Está na mesa
aberta em livros, cartas e remédios.
Na parede infiltrou-se. O bonde, a rua,
o uniforme de colégio se transformam,
são ondas de carinho te envolvendo.</i></span></p><p><span><i>Como fugir ao mínimo objeto
ou recusar-se ao grande? Os temas passam,
eu sei que passarão, mas tu resistes,
e cresces como fogo, como casa,
como orvalho entre dedos,
na grama, que repousam.</i></span></p><p><span><i>Já agora te sigo a toda parte,
e te desejo e te perco, estou completo,
me destino, me faço tão sublime,
tão natural e cheio de segredos,
tão firme, tão fiel... Tal uma lâmina,
o povo, meu poema, te atravessa.</i></span></p><p><span><b>Carlos Drummond de Andrade</b></span></p></blockquote></div><div>
</div>Camillehttp://www.blogger.com/profile/17535203288847957999noreply@blogger.com0